A
Responsabilidade Social apresenta-se como um fator decisivo para o
desenvolvimento e crescimento das organizações e, ao mesmo, como um motor para
uma sociedade melhor.
Com vista a boas práticas, as organizações devem pautar a sua atividade tendo
em conta os princípios de comunicação, vizinhança e cidadania. Assim, à
semelhança de todos nós, cidadãos, as organizações não podem ficar indiferentes
às questões sociais e ambientais do meio envolvente. Até porque as organizações
são constituídas por públicos, por pessoas, e é fundamental estar em sintonia
com os mesmos.
É uma
questão de “princípio”, mas também prática e com repercussão nos cifrões, pois
os consumidores recorrem a rótulos sociais e ecológicos para tomarem decisões
de compra de produtos.
E
este trabalho é facilitado pelos meios de comunicação social e pelas modernas
tecnologias da informação e da comunicação que dão a conhecer as organizações
que representam bons exemplos e as socialmente irresponsáveis.
Portanto,
uma organização com Responsabilidade Social, à partida, privilegia os seus
colaboradores e restantes públicos e contribui para a construção de uma boa
imagem, aumentando a produtividade, tornando-se mais competitiva e alcançando
melhores resultados financeiros.
As
organizações, como motor de desenvolvimento económico, tecnológico e humano, só
se realizam plenamente quando consideram na sua atividade o respeito pelos
direitos humanos, o investimento na valorização pessoal, a proteção do
ambiente, o combate à corrupção, o cumprimento das normas sociais e o respeito
pelos valores e princípios éticos da sociedade em que se inserem.
Razões
que, mesmo assim, ficam aquém daquele que deve ser o verdadeiro motivo para
exercerem o voluntariado: a possibilidade de ajudar, sem pedir, os que mais
necessitam. Essa sim, uma fonte inesgotável de enriquecimento pessoal e
conhecimento!
Felizmente,
e é uma tendência mundial com evidências na Região, já se verifica a
aproximação, pese embora ainda escassa, dos interesses das organizações aos da
sociedade. Só em sintonia, se pode caminhar para uma sociedade mais justa e
para um ambiente mais limpo.
No
âmbito do exercício da sua Responsabilidade Social, as empresas podem criar os
seus programas de voluntariado, ou criar condições para que os colaboradores o
possam fazer de forma autónoma. Uma sugestão simples: os funcionários terem
redução horária para se dedicar a um projeto de voluntariado!
Nos
Estados Unidos da América, país que nesta matéria dá cartas no mundo, um dos
critérios de seleção de pessoal em muitas empresas é o facto de os candidatos
terem no seu currículo desenvolvido atividades de voluntariado, quer seja
social, educativo ou ambiental. Vão ainda mais longe, ao colocarem como fator
determinante para a evolução na carreira no seio das organizações o
voluntariado. E em Portugal? Ao nível da seleção, parece-me já ser um muitas
vezes um critério de escolha. Mas na evolução?
Uma
questão para pensar e agir em nome do desenvolvimento das pessoas e das
organizações e com vista a uma sociedade melhor!
Carmen Costa
Formadora
e Assessora de Imprensa