Na sequência do último artigo, intitulado “Entre o Ser e o Ter, como estamos de resoluções de ano novo”, desta feita vou falar-vos de objetivos.
Tanto
na nossa vida pessoal, como na nossa atividade profissional, ter objetivos é
fundamental. Esta é uma forma de nos focarmos nas nossas prioridades e naquilo
que queremos atingir.
Ora,
umas das técnicas motivacionais mais conhecidas é a definição de objetivos.
Pode parecer uma tarefa simples, mas na verdade não o é. Daí a necessidade de
as pessoas e as organizações definirem não apenas objetivos, mas objetivos
SMART. O acrónimo inglês refere-se a objetivos específicos, mensuráveis,
alcançáveis, relevantes e com prazos definidos.
S -
Corresponde ao termo specific. A descrição de um objetivo deve ser o mais
detalhada possível para fazer cumprir aquilo que se pretende. Os objetivos
devem estar claros e alinhados com a restante estratégia.
M
-Atribui-se a measurable (mensurável).
O que nos mostra que é necessário determinar um indicador tangível e com
possibilidade de mensuração. Se os objetivos não são mensuráveis, é impossível
conseguir perceber os progressos feitos.
A -
Vem de achievable, o quer dizer atingível ou aquilo que é alcançável. Um
objetivo que parece inalcançável desmotiva e cria o sentimento de negatividade.
Desta forma, é recomendável que os objetivos sejam possíveis, para além de
serem específicos e mensuráveis.
R -
Corresponde a relevant, o que permite entender que as metas precisam de ser
relevantes para si ou para sua
organização.
T – O
T vem de time. Todos os objetivos devem de ter um prazo e um limite. A
definição de um tempo de duração estabelece um sentimento de compromisso com o
prazo estabelecido e haverá uma maximização dos esforços de todos para o
conseguir atingir. Nesse sentido, é necessário incorporar os objetivos num
cronograma, o que os torna mais tangíveis.
Os
objetivos SMART são essenciais para medir resultados e funcionam como um guia
para o crescimento de qualquer pessoa ou organização.
Os
objetivos SMART são, pois, uma ferramenta poderosa. Importa, todavia, alertar
para alguns dos riscos dos mesmos.
Um
trabalho liderado por Lisa Ordóñes, da UC San Diego, aponta que os objetivos SMART
podem levar as pessoas a centrarem-se exclusivamente nos objetivos, esquecendo
tudo aquilo que não contribui diretamente para o alcance das metas - mesmo o
que possa ser relevante para a organização; reduzir a motivação intrínseca,
isto é, o foco nos objetivos por razões estritamente interesseiras; corroer a
cultura organizacional, por estimular o alcance do objetivo em detrimento de
outros valores culturais tornados menos salientes pela presença destacada das
metas; estimular comportamentos fora dos limites éticos; e, ainda, inibir a
aprendizagem.
Por
isso, os objetivos têm de ser verdadeiramente SMART, quer na sua definição,
quer na sua implementação.
Formadora e Assessora de Imprensa
Sem comentários:
Enviar um comentário